Recebendo os pequenos

Recebendo os pequenos

Todo o trabalho mal finalizado leva ao fracasso. Por mais que todo o decorrer da
obra tenha sido perfeito, se o acabamento, a finalização, for feito sem perfeição,
todo o restante do trabalho foi em vão. É assim também com o evangelismo. Se,
depois de todo o esforço e dedicação no evangelismo, a recepção aos novos
convertidos for feita de maneira imprópria, de nada valeu nosso esforço. Em
alguns casos, só teremos piorado a vida da pessoa a qual evangelizamos; pois se
a pessoa ver que a Igreja não vive o que ela ouviu falar no evangelismo, ela nos
chamará de hipócritas.
A parte delicada da recepção de novas pessoas é que não envolve apenas uma
equipe de evangelismo ou um grupo restrito de pessoas; essa etapa do
evangelismo envolve toda a igreja. Cabe aos integrantes da equipe de
evangelismo dar assistência, ensinar e ajudar os membros da igreja a
recepcionarem o novo membro, o novo convertido. É por isso que precisamos dar
bastante importância a essa etapa.
O Senhor nos ensina que devemos aceitar o próximo do jeito que ele é. Isso se
chama amor. Quando uma pessoa de cultura ou religião diferente chega ao nosso
meio, nossa atitude deve ser de amor, de compaixão. Cumprimenta-la e desejar a
paz do Senhor para ela não nos fará mais ou menos cristãos. Isso também se
estende aos mendigos e homossexuais. Devemos nos alegrar por eles estarem
em nossa igreja ou nos cultos de evangelismo. E, além de nos alegrar, de falar do
Senhor para ela, devemos também ter uma atitude de ajuda. Essa atitude é
procurar saber se essa pessoa precisa de alguma coisa, de algum apoio que a
igreja possa dar. Porque, se a pessoa precisa de um auxílio, seja comida ou
oração, ela vai sair decepcionada se simplesmente a cumprimentarmos e formos
simpáticos. Isso nos está explícito em Tg 2:15-16. Não devemos ficar somente nas
palavras, devemos mostrar uma atitude de apoio, de ajuda. Se uma pessoa vai à
igreja com o simples propósito de pedir ajuda, devemos ajudá-la com o pouco
possível, mesmo imaginando que essa pessoa não mais volte. Isso demonstra o
amor pelas pessoas e a nossa capacidade de recebê-las ou de simplesmente
ajudá-las.
Esse tipo de atitude demonstra a misericórdia da igreja. É isso o que o Senhor
espera de nós. Que perdoemos quem falhou conosco ou quem falhou com o
evangelho. Que ajudemos a quem precisa (Mt 12:7). A demonstração de amor
pelo próximo é muito melhor do que qualquer sacrifício (1Co 13:3). Por isso,
demonstremos, através de nossa recepção, que nos importamos com os que
chegam à igreja. Não sejamos tímidos em perguntar se a pessoa precisa de uma
oração ou ajuda. A equipe de evangelismo é responsável por esse apoio, mas
toda a igreja tem a responsabilidade de receber bem, não discriminar, não julgar
ou comentar. As pessoas que entram na igreja, seja com outros costumes, com
outros modos de vida ou outros pecados, estão na casa do Pai. Nos alegremos
com isso pois são frutos do nosso evangelismo ou do evangelismo de outrem.
Fazem parte da obra do Senhor. Cuidemos desses pequenos, alimentemos,
demos de vestir e participemos de suas vidas, para que aqueles que tenham fome
ou frio encontrem abrigo na igreja (Mt 25:42-45).